Plantar o mundo

Autor: Sobrino, Javier

Sección: INFANTIL Y JUVENIL - Poesía y Teatro

Plantar o mundo

Plantar o mundo

16,50€ IVA INCLUIDO

Editorial:
-
Publicación:
01/10/2024
Colección:
Akipoeta
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NO DISPONIBLE

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Plantar o mundo

Editorial:
-
Fecha Publicación:
Formato:
Normal tapa blanda (libros)
ISBN:
978-84-18972-60-7
EAN:
9788418972607
Nº páginas:
40
Colección:
Akipoeta
Lengua:
ESPAÑOL
Alto:
28 mm
Ancho:
16 mm
Sección:
INFANTIL Y JUVENIL
Sub-Sección:
Poesía y Teatro
JAVIER SOBRINO Na infância, vivi numa casa rodeada de prados e árvores, no vale das Bajuras, em Pimiango (Astúrias), e os meus brinquedos favoritos eram umas vacas de madeira que construía com pedaços de carvalho. Outro brinquedo que eu tinha numa figueira era uma bicicleta, a única que tive, e corria pelos caminhos, até voava. A minha família mudou-se para a cidade, Santander. A relva transformou-se em asfalto e as árvores, em postes de iluminação. Naqueles anos, ainda havia no meu bairro hortas com pomares. E todos os anos me ofereciam os seus frutos. O meu primeiro destino como professor foi Piñeres, Peñarrubia, uma povoação de montanha e pasto com um bosque. Aí, com os meus alunos e alunas, comecei a fazer sementeiras das árvores que nos rodeavam. Anos depois, construí uma casa numa aldeia com um bosque de azinheiras, perto do mar, em Pechón. Fui plantando uma árvore aqui, uma flor ali. E agora faço o mesmo com os meus filhos. Como veem, a minha vida tem estado ligada a esses maravilhosos seres e também a livros como o que têm nas mãos. CONCHA PASAMAR Em pequena, gostava de tudo o que fosse feito de folhas: desenhar em cadernos, ler livros, brincar e sonhar entre as árvores. Depois tornei-me professora, e houve um longo tempo em que só os livros povoaram o meu mundo. Mas as suas folhas pálidas foram convocando as outras: com os meus filhos voltei, quase sem dar conta, à cor dos cadernos e ao verde dos bosques. Então lembrei-me de que a palavra liber, em latim, primeiro tinha designado a casca das árvores, e que um códice era, simplesmente, um tronco ao qual se seguravam, leves, as folhas. Os nossos antepassados viram árvores naqueles novos suportes de imagens e palavras. Lembrei-me também de que uns são feitos dos outros, e que todos, livros e árvores, fazem renascer o mundo, muitos mundos, a cada dia. Por isso, agora, nas aulas, rego as palavras que outros semearam enquanto em casa cultivo alguns livros ou pinto o pátio de verde e de mais cores. Gosto de plant

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